A secretária do trabalho novinha está me deixando louco
CAPÍTULO 1
Essa história que eu vou contar aqui não é só a coisa mais absurda que já aconteceu na minha vida. Na verdade, é a única coisa fora do normal que já me aconteceu. Sério mesmo, em 40 anos de vida, minha existência foi de uma monotonia sem tamanho. Sou aquele tipo de cara que passa batido. No trabalho, na vida pessoal, tanto faz — ninguém me nota, e para ser honesto, eu sempre preferi assim. Minha vida é uma rotina sem surpresas, mas também nada de ruim costuma me acontecer.
Eu fiquei careca antes dos 30, mas acho que mesmo se tivesse uma cabeleira de dar inveja, não seria suficiente para conquistar a mulherada. O fato de existir uma mulher no mundo louca por mim, minha esposa, Camila, não é nada mais, nada menos que um milagre, e apesar dela não ser uma beldade, eu nunca me iludi achando que poderia conseguir algo melhor. Não tenho do que reclamar. Minha família e meu emprego, mesmo longe de serem perfeitos, já estavam de bom tamanho para mim.
Eu trabalho numa pequena empresa com pouquíssimos funcionários. Quando entrei lá inclusive só tinha eu, o dono, Nelson, e o sobrinho dele, Ricardo. O Nelson era um cara mais velho que tinha feito a carreira inteira em grandes bancos, mas depois de se casar da rotina e falsidade do mundo das finanças, havia decidido empreender para, segundo ele, controlar o próprio destino.
O problema era que o destino não queria ser controlado. A empresa não ia nada bem, e ele ficava o dia inteiro reclamando disso. Nelson não tinha filhos, e ele tratava a empresa como o seu único legado para o mundo, tornando ainda mais dolorosa as dificuldades de empreender. Eu chegava até ter um pouco de pena dele, porque, apesar dele ser um cara super trabalhador, a empresa estava a beira da falência.
Ricardo não compartilhava em nada a dedicação e ética do tio. A profissão oficial dele era de herdeiro, e ele só estava na companhia porque os pais exigiam que ele tivesse um emprego fixo para continuar mandando sua mesada que cobria todos os gastos da vida luxuosa dele. Nelson até sonhava que um dia o sobrinho se interessaria pela oportunidade, e assumiria o papel de seu sucessor, continuando com o seu legado quando ele fosse finalmente obrigado a passar o bastão, mas o moleque era incapaz até de fingir se importar com a empresa do seu tio. As únicas preocupações na cabeça oca dele era ir todo dia para a academia e gastar a fortuna dos pais com idiotices.
Graças a todo esse cenário, eu morria de medo de ser demitido, por isso eu sempre mantinha meu currículo atualizado, temendo que um dia o Nelson não aguentasse mais e decidisse fechar as portas. Mas, como dizem, o azar de uns é a sorte de outros. A pandemia pode ter sido um pesadelo para o mundo inteiro, um verdadeiro inferno para quem perdeu familiares, mas, para gente, foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. O home office explodiu do dia para a noite, e a solução que a gente vendia começou a ser implantada em tudo quanto é lugar. O número de clientes quintuplicou, e, de repente, a empresa, que estava prestes a morrer, virou uma máquina de fazer dinheiro.
Esse período de bonança trouxe diversas mudanças. A equipe cresceu bastante para atender a demanda, e mesmo depois das contratações, ainda sobrou basante dinheiro. O Nelson resolveu abrir a carteira, dando uma verba para o sobrinho investir, tentando despertar nele alguma paixão pelo trabalho. Só que, a primeira coisa que o moleque fez com esse dinheiro, foi contratar uma secretária, para se livrar do pouco trabalho que ele fazia por lá — marcar reuniões e receber alguns clientes.
Foi nesse momento que a Amanda surgiu. Ela era uma moça bem novinha, com 24 anos, mas que, apesar da idade, tinha um ar de sofisticação que chegava a me intimidar. Eu não sabia ao certo de onde vinha essa sensação. Talvez fosse o cabelo negro, cortado na altura dos ombros, num estilo que lembrava aquelas donas de casa de programas de TV antigos. Talvez fossem as roupas, caras e impecáveis demais para alguém da idade e do cargo dela, o que me sugeria que ou ela vinha de uma família abastada, ou estava recebendo essas roupas de presente. Ou, quem sabe, a expressão sempre séria e o jeito direto de falar, que me fazia pensar duas vezes antes de pedir qualquer coisa para ela.
Eu não havia participado do processo de contratação, mas algo me dizia que o Ricardo não a escolheu por ser a mais qualificada entre os mais de 100 currículos que a gente recebeu. A verdade é que a Amanda era simplesmente uma das mulheres mais gostosas que eu já tinha visto na vida.
Só o som do salto agulha dela batendo contra o piso de taco do escritório já me deixava em alerta. Quando eu ouvia esse som, sabia que teria que me esforçar ao máximo para não ficar encarando a bunda dela na saia de couro apertada, que costumava usar, e acabar hipnotizado — ou pior, com um volume inconveniente nas calças no meio do escritório. Não sei se ela fazia de propósito ou se era natural, mas cada passo dela tinha um balançar exagerado de quadril, que funcionava como um pêndulo projetado para deixar qualquer homem por perto ensandecidos.
Eu evitava a recepção o quanto podia. Já que sou um cara alto, a diferença de altura entre nós ficava ainda mais evidente quando ela estava sentada, e assim, quando eu passava por lá, minha visão inevitavelmente caía direto nos seios dela, que eram a parte mais magnífica do corpo perfeito da nossa recém-contratada secretária. Ela sabia o que seu corpo provocava no sexo oposto, por isso exagerava no decote, disposta a usar seus dotes a seu favor.
Sendo a única mulher no escritório, a chegada de Amanda gerou um certo alvoroço. Ela virou o assunto principal nos almoços e nas conversas de bebedouro da firma. Eu confesso que, de um jeito irracional, a presença dela no escritório me incomodava mais do que eu gostaria de admitir. Eu era um dos que mais botava lenha nas fofocas quando o assunto era a contratação dela.
Não sei dizer exatamente o porquê. Talvez fosse o fato de eu ter idade para ser o pai dela e, ainda assim, me sentia diminuído perto dela. Isso, com certeza, era parte do problema, mas havia algo além. A existência de alguém como ela me tirava da minha zona de conforto, fazia com que eu desejasse ser alguém que, no fundo, sabia que nunca iria ser.
E mesmo que grande parte das fofocas que circulavam sobre ela serem obras de ficção, existia algo ali real, que manchava a imagem séria e de eficiência que Amanda queria passar. Depois de alguns meses, todo mundo já tinha sacado que ela estava se envolvendo com o Ricardo. Eles até tentaram disfarçar no começo, mas sabe como é — o escritório é pequeno demais para segredos durarem muito. Também, eles teriam provavelmente tido uma chance maior de manter o relacionamento fora dos holofotes se Ricardo não fosse um contador de vantagem compulsivo. Ele precisava que todo mundo soubesse o quanto ele era galã, e estava comendo aquela mulher maravilhosa.
Eu descobri do relacionamento dos dois em um dia que estava indo para a copa pegar meu décimo café do dia. Ricardo já estava lá conversando com um dos diretores recém-contratados, um cara que deveria ter a mesma idade dele, e assim Ricardo sentia maior necessidade de impressionar.
— Cara, essa imagem de séria da Amanda, é tudo fachada. — Ricardo disse, rindo. Dava para sentir um leve tensão no diretor, que olhava para ele buscando uma oportunidade de sair dali, enquanto eu, tentava o mais rápido possível terminar de encher minha xícara de café, fingindo desinteresse, como se não estivesse nem ouvindo o ele dizia. — Na real, a Amandinha é uma vagabunda de primeira.
Eu confesso que fiquei em choque ao ouvir isso. Aquele comentário era pesado demais para ser jogador no ar, até mesmo se considerasse quão fanfarrão era o interlocutor. Parei de prestar atenção no que eu estava fazendo, e a térmica que estava na minha mão escorregou, derramando café no chão da cozinha. Ricardo e o diretor pararam a conversa, e reconheceram a minha existência ali. Eles observaram um tempo o que eu faria para resolver a caca que eu tinha feio, mas logo Ricardo voltou a conversa:
— Sabe aquelas minas com “daddy issues”? É ela, mano! Muito ninfo. — Ele falava com uma confiança nojenta, como se estivesse revelando um segredo sujo e, ao mesmo tempo, se vangloriando por ser o cara que estava no controle da situação. — A nossa secretáriazinha é viciada em porra. Sério, ela tem algum problema. Acredita que ela me acorda de madrugada só para eu tomar meu leitinho?
O riso de Ricardo ecoava pela copa, mas nem eu e nem o diretor compartilhávamos. O cara novo até tentou disfarçar o desconforto, forçando um sorriso amarelo, mas estava claro que ele não sabia o que fazer com as informações que recebia. Eu continuava a limpar o café derramado, evitando contato visual com os dois, tentando sair o mais rápido dali.
CAPÍTULO 2
Depois daquela conversa escrota com o Ricardo, minha cabeça não parava de trabalhar. Mesmo achando que aquilo tudo não passava de balela, apenas uma história de pescador para chamar a atenção e alimentar o próprio ego, era como se ele tivesse plantado uma semente de pura perversão na minha mente, que crescia toda vez que eu cruzava com a Amanda no escritório.
Eu sempre fui um cara racional, pé no chão, mas após ouvir aquilo, minha imaginação saía do controle. Toda vez que eu passava pela recepção, vendo ela com aquele ar distante, focada, quase fria, algo mudava dentro de mim.
Era quase impossível ignorar a contradição que aquilo me causava. A mesma mulher que me olhava de um jeito quase arrogante, como se eu não existisse, agora habitava meus pensamentos de forma constante. Minha cabeça criava cenas tão intensas que eu ficava envergonhado. Aquele jeito dela, sempre impecável, se transformava na minha imaginação, e de repente a imagem que o Ricardo havia descrito parecia possível. Amanda ajoelhada, com o mesmo olhar sério, mas dessa vez suplicando para que eu melasse a cara dela, completamente submissa.
Essas fantasias começaram a aparecer com tanta frequência que, por um momento, eu pensei seriamente em procurar ajuda profissional. A imagem da Amanda havia se infiltrado na minha mente de uma forma que eu não conseguia controlar, e nem mesmo em casa eu estava seguro. Isso começou a afetar o meu casamento.
Eu e Camila sempre tivemos uma vida conjugal “organizada”. Lista de tarefas, horários rígidos para todos da família e chegávamos até o ponto de criar compromissos na agenda para nossa intimidade. Toda segunda sexta-feira do mês era o nosso “date night”. Nós deixávamos as crianças com a minha mãe e passávamos uma noite sozinhos em casa, com direito a um jantarzinho, um filme, e se o clima permitisse, relações sexuais. Era extremamente metódico, mas esse ritual ajudava a manter as coisas funcionando.
Só que, naquela sexta específica, minha cabeça estava em outro lugar. Enquanto eu picava salsinha, Camila tomava uma taça de vinho e aquecia a água do macarrão, me contando sobre como havia sido o trabalho dela.
— E aí, no meio da reunião, o chefe decidiu mudar toda a apresentação que eu passei a semana toda preparando. Sério, parece que ele faz de propósito, sabe? — Camila disse, enquanto girava o vinho na taça, sem perceber o quanto eu estava distante.
Já era uma tarefa extraordinariamente complexa manter minha atenção nos desabafos dela. Ainda mais depois da recomendação da nossa terapeuta que eu deveria apenas ouvir, sem tentar solucionar os problemas da minha esposa. Porém, naquela noite, meu desafio era ainda maior.
Por mais que eu tentasse me concentrar no que Camila estava dizendo, era como se houvesse uma barreira entre nós. Eu lembrava que a poucas horas antes, eu estava no escritório assistindo de camarote aquela deusa rebolando para lá e para cá com um vestido vermelho colado em seu corpo. E, para piorar, as palavras de Ricardo sobre a safadeza da nossa secretária repetia em loop na minha mente, impedindo de me libertar.
— Você acredita nisso? — ela perguntou, esperando minha reação.
Pisquei algumas vezes, tentando voltar à realidade.
— Não, não dá para acreditar nisso. — respondi, sabendo que meu papel naquela conversa era totalmente passivo. Diferente da minha imaginação, onde eu dominava e tomava todo controle do corpo escultural da secretária do meu trabalho.
Durante o jantar, minha esposa continuava a desabafar, mas eu, já borbulhava de tesão. Não daria para realizar minhas fantasias aquela noite, e eu esperava que Camila nunca descobrisse o que estava passando pela minha cabeça, porém, ao menos ela poderia ajudar a apagar o fogo quer crescia dentro de mim. Quando a minha esposa foi pegar mais vinho, eu a segui até a cozinha, e antes dela terminar de servir a taça, eu já estava descontrolado, lhe dando um amasso, que pressionava seu corpo contra a pia.
— Nossa, o que deu em você hoje? — Camila disse surpresa rindo baixinho. Eu não conseguia responder. E nem poderia, se quisesse continuar casado. Para disfarçar, meus movimentos eram apressados, quase agressivos. Mal havíamos começado a nos beijar e eu já tinha arrancado toda a minha roupa, ficando totalmente pelado ali mesmo na cozinha.
Camila até tentou acompanhar o meu ritmo, mas não havia como. Eu estava em outra dimensão. A cada toque, a cada beijo dela, era Amanda que eu via na minha frente. O decote exagerado, o jeito como ela desfilava pelo escritório, aquelas lembranças me faziam perder o controle. Eu virei minha esposa de costas para mim, empurrando seu tronco sobre a mesa de jantar e possuindo-a por trás. Eu precisava garantir que seus olhos não encontrariam os meus, porque, naquele momento, eu não estava ali por ela.
— Ajoelha agora, amor! — berrei desesperado, depois de penetrá-la por muito pouco tempo. Camila, um tanto surpresa com minha atitude, obedeceu, achando que eu queria que ela me chupasse. Mas, antes que seus lábios tivessem tempo hábil de se aproximar do meu pau, eu já estava gozando em seu rosto. A explosão foi instantânea. Em todos os anos de casamento, eu nunca havia sentido nada parecido. Aquele foi o orgasmo mais forte que eu já havia tido, e mesmo enquanto o sêmen jorrava, meu corpo convulsionava em um êxtase incontrolável. Sem perceber, deixei minha imaginação levar o melhor e gritei:
— TOMA MEU LEITE, AMANDA!
CAPÍTULO 3
— AMANDA?! QUE MERDA É ESSA, LUCAS?! — Camila gritou, furiosa, e eu agradeci a Deus por não termos uma arma em casa. Mesmo coberta de porra, o olhar dela não escondia o desejo assassino que habitavam sua mente. Meu cérebro entrou em pane, lutando para encontrar uma desculpa que me tirasse daquela situação constrangedora.
— Amada! Eu disse 'amada', Cami! — soltei, forçando um riso nervoso. Era a desculpa mais esfarrapada que eu já tinha dado em toda minha vida, mas eu precisava tentar. A expressão de raiva no rosto dela deu lugar a uma de confusão. Se ela tivesse tido tempo suficiente para pensar, ela teria chegado a conclusão que era impossível eu ter dito “Toma meu leite, amada”, já que eu nunca a havia chamado assim antes. Mas antes que ela processasse a informação que receberá, eu a abracei e enchi seu rosto de beijos.
— Nossa, sujei você toda, 'amada'. Acho melhor você ir se limpar. — disse, esperando que o abraço e o toque abafassem qualquer pensamento lógico que pudesse surgir na cabeça dela. Aos poucos o resquício de fúria que havia no rosto da minha esposa se desarmou. Eu não conseguia acreditar que havia escapado com uma desculpa tão esfarrapada. Aquele deslize foi um sinal de alerta para mim, eu precisava de alguma forma controlar a minha obsessão pela secretária do meu trabalho.
Só que o destino não queria que minha vida fosse fácil e tranquila como eu desejava. O número de funcionários no escritório cresceu tanto que o Nelson resolveu implementar um revezamento, por falta de espaço físico no escritório. Cada equipe trabalharia presencialmente três dias da semana e ficaria dois de ‘home office’.
Na sexta-feira, os times que deveriam estar no presencial era o meu e o do Ricardo. Eu ainda era o único funcionário do meu setor, e Ricardo tinha uma “alergia crônica” ao trabalho que o impossibilitava de vir de sexta, fazendo com que eu ficasse sozinho no escritório quase todas às vezes.
Bom, não exatamente sozinho. Tinha mais uma pessoa que era obrigada a vir presencialmente todo dia, já que era responsável por receber encomendas e atender eventuais clientes, a Amanda. Eu me sentia como um usuário de drogas que precisava ficar 8 horas todas as semanas sentado na frente de uma montanha de cocaína.
A diferença é que, enquanto o viciado mergulharia na montanha de droga a sua frente, eu passava todas essas horas no escritório com Amanda, e nossas interações eram praticamente inexistentes. O máximo que eu conseguia era murmurar um "bom dia" ao chegar, que saía tão abafado e inseguro que mal dava para diferenciar de um grunhido. E, na maioria das vezes, ela sequer tirava os olhos da tela do computador para me responder. A indiferença dela era tanta que eu me pegava pensando se, por acaso, eu estava vivendo um caso similar ao do psiquiatra do "Sexto Sentido", morto sem saber.
— Você já parou para pensar que toda sexta-feira somos só eu e você aqui? — Foi a pergunta que fiz para Amanda quando cheguei numa dessas sexta-feiras. Apesar de ter ensaiado o que ia dizer, mal as palavras saíram da minha boca, e eu já queria ter uma máquina do tempo, para voltar atrás. Ela me encarou com aquele olhar frio, quase clínico, como se pudesse enxergar direto na minha alma, desvendando minhas intenções. Ela analisou cada detalhe da minha postura antes de responder, e quando o fez, foi com uma calma que me desarmou por completo.
— Infelizmente. — Ela respondeu sem conseguir segurar um risinho que saiu pelo nariz.
— Quais os planos para o final de semana? — Bom, sentia que não tinha nada a perder, então continuei no jogo.
— Vou viajar com meu namorado. — O peso que ela colocou em cada sílaba da última palavra parecia calculado. Ela queria que eu sentisse o impacto. A palavra "namorado" soava quase como um insulto, como se a própria ideia de eu lhe fazer uma pergunta casual fosse absurda, já que além dela ser compromissada, ela estava com um homem mais jovem, mais bonito e mais rico do que eu. Não sei se era proposital, mas parecia que Amanda sinalizava para mim como ela estava totalmente fora do meu alcance.
— Legal... Vão para praia? — perguntei, tentando soar casual.
Ela suspirou, como se a simples ideia de continuar a conversa fosse um esforço imenso, e voltou os olhos para a tela do computador. Mas, depois de um momento de hesitação, talvez notando meu desconforto, ela respondeu, mantendo o mesmo tom de indiferença:
— Sim, um resort de luxo. Vai ser... divertido.
— Deve ser bom ter um fim de semana assim, longe de tudo. Ter família é ótimo, mas tem finais de semana que parecem trabalho.
— É. — Amanda olhou para mim de relance, e agora o sorriso dela era nítido, enquanto ela mexia no cabelo preparando um coque, elevando ao máximo os níveis de adrenalina no meu sangue. — Bem melhor do que estar aqui, não é? — Com essa frase final, nossa conversa encerrava com a última alfinetada dela.
Foi difícil fazer qualquer trabalho, naquela sexta-feira. Minha mente ficava voltando em cada detalhe da conversa, e aquilo me deixava com um tesão absurdo. Mesmo com o ar-condicionado fortíssimo do prédio, que trazia nosso andar de volta para era do gelo, ainda assim, sentia uma gota de suor escorrendo da minha testa. Racionalmente, eu sabia que aquela conversa havia sido um fracasso absoluto, e não estava mais perto do que eu queria, o que quer que fosse, do que eu estava antes daquilo. Mas, não sei, quase por intuição eu sentia que Amanda estava... gostando de me humilhar.
Não tinha jeito, a única forma deu voltar para a realidade seria se eu conseguisse aliviar pelo menos um pouco do tesão que ia se acumulando. De forma envergonhada, passei novamente por Amanda para ir ao único banheiro que tinha no andar, que ficava justamente ao lado da recepção. Passei por ela, e fingindo normalidade, tranquei a porta do banheiro. O som do ar-condicionado, o zumbido leve de eletrônicos ao fundo e o silêncio opressor do escritório quase vazio só aumentavam minha tensão, enquanto ponderava se eu realmente ia fazer aquilo.
Tentei ser rápido e discreto, mas meu corpo parecia ter uma vontade própria. Cada movimento me trazia flashes da Amanda, de seu olhar indiferente e aquele riso disfarçado que me fazia sentir... pequeno, mas de uma forma estranhamente excitante. Não demorou muito até que eu chegasse ao clímax, e foi então que percebi. No meio do êxtase, um gemido escapou, mais alto do que qualquer som que eu tivesse planejado.
Saí do banheiro, com passos rápidos e olhando para baixo, esperando encontrar o que eu sempre via na recepção, Amanda olhando para seu computador, ignorando minha existência. Mas dessa vez, seus olhos estavam fixos em mim, e, tive certeza de que ela sabia exatamente o que eu havia feito lá dentro. Havia algo de diferente em seu olhar, uma expressão que eu não conseguia decifrar completamente — ela sabia o que causava em mim, e estava se deliciando com aquilo.
CAPÍTULO 4
Amanda continuava a mesma por fora — o mesmo andar confiante, os mesmos saltos ecoando no chão, o mesmo rosto impassível. Mas, de alguma forma, depois daquele incidente no banheiro, parecia que algo havia virado. Ela tinha finalmente notado minha existência, e estava gostando de brincar comigo. Amanda, que antes mal respondia meus "bom dia" abafados, agora começava a aparecer com pequenos pedidos. Coisas simples, banais, mas que ela nunca havia pedido antes. Um documento para assinar, um formulário para revisar. Coisas que, em teoria, não faziam tanto sentido ela trazer para mim. Ela tinha outros colegas, outras pessoas para recorrer, mas, por alguma razão, sempre aparecia na minha mesa com algum motivo.
— Lucas, preciso que assine isso aqui para mim — ela dizia, jogando uma pilha de papéis na minha mesa. Naquele dia em especial, ela usava uma camisa rosa apertada, e parecia que a qualquer momento os botões iam ceder à pressão do peito dela. O tecido mal conseguia conter as curvas, e meus olhos, apesar de todo o esforço, se fixavam exatamente ali, no volume que ameaçava explodir para fora da camisa.
Amanda ficou por algum tempo com uma caneta estendida em minha direção, embora eu não tenha percebido, porque meu foco era claramente outro. Foi só quando ela começou balançar sutilmente a cabeça em sinal de reprovação, que eu parei de encarar os seios dela e finalmente agi para assinar os documentos. Enquanto o fazia, os olhos dela, estavam fixos nos meus, avaliando, testando, quase me chamando para um desafio. Era como se ela estivesse medindo cada reação minha, buscando o que seguiria. Aquilo estava virando um inferno na minha vida. Eu tive que ir em uma reunião com clientes com o pau tão duro, que foi impossível esconder.
Aquilo não foi tudo que Amanda havia planejado para aquele dia. Eu já estava frustrado porque eu estava atolado de coisas para fazer e teria que ficar até mais tarde no escritório. Um a um, os colegas foram indo embora, até que, no final, só restou eu, Amanda e, claro, Ricardo. Ele, com aquela postura relaxada de quem nunca se preocupa com nada, mais uma vez me irritava. Enquanto eu dava um duro danado para terminar as coisas, ele estava na cadeira ao lado assistindo vídeos no YouTube, esperando a Amanda terminar de fazer as coisas dela para voltarem juntos para casa.
Eu tentava manter o foco no que ainda precisava fazer, mas de repente, o som de risadas abafadas começou a preencher o ambiente, atraindo minha atenção. Olhei discretamente para o lado e, lá estava Amanda, sentada de maneira casual em cima da mesa de Ricardo, com as pernas cruzadas e um sorriso provocante no rosto. Os dois estavam cochichando e rindo, como se fossem adolescentes apaixonados. Ricardo deslizava a mão pela perna dela, subindo cada vez mais perto da barra da saia, enquanto ela acariciava o braço dele com os dedos. Aquele showzinho tornava impossível eu continuar meu trabalho.
No auge daquele joguinho, Amanda virou rapidamente a cabeça para trás, na direção a minha mesa. Seus olhos escuros encontraram os meus e, como se quisesse ter certeza de que eu estava prestando atenção em tudo o que acontecia. Quando notou que eu tinha parado de trabalhar e estava cem porcento focado nela e o no namorado, ela mordeu o lábio inferior de leve, de um jeito quase cruel. Ela sabia exatamente o que estava fazendo comigo. Era como se ela quisesse me arrastar para aquela provocação, como se o fato de eu estar ali, assistindo a tudo, fizesse parte do jogo.
Sem dizer nada, Amanda puxou Ricardo pela mão. Ela o guiou até o famigerado banheirinho do escritório, o mesmo em que eu havia me trancado para aliviar minha própria frustração poucas semanas antes. Eles não fizeram questão de esconder o que estavam prestes a fazer; na verdade, era quase como se quisessem que eu soubesse.
Depois que eles fecharam a porta, eu os segui, ficando do lado de fora, na recepção, contemplando o que eu poderia fazer para espioná-los. Apenas uma fina porta de madeira nos separava. Eu cheguei até olhar pelo buraco da fechadura ou por baixo da porta, mas era inútil.
Porém, o som que vinha do banheiro era inconfundível. Os dois estavam transando ali mesmo, e eu, com a orelha colada na porta, tentava como um morcego entender o que acontecia lá dentro. E mesmo se eu estivesse sentado no meu lugar, trabalhando e longe da recepção, seria impossível ignorar. Eles faziam um verdadeiro escarcéu, sem nenhuma preocupação em serem discretos ou me pouparem do que estava acontecendo. Para os dois, era como se eu não existisse.
A porta de madeira balançava freneticamente, rangendo a cada batida. Pelos sons abafados e o ritmo das investidas, Amanda deveria estar de costas para Ricardo, apoiada na porta enquanto ele metia com uma intensidade que fazia todo o escritório tremer. Só de pensar nisso, eu já estava duro de novo. Não me aguentei, e mesmo sabendo dos riscos, comecei a me masturbar ali mesmo.
— Vai, dá o leitinho para mim. Suja a sua putinha... — A voz da Amanda cortou o ar, abafada, mas clara o suficiente para confirmar tudo que Ricardo sempre contava aos quatro ventos. Ela era exatamente aquilo que ele descrevia, e ouvir isso saindo da boca dela, com a intensidade e a vulgaridade que eu nunca imaginei, foi o golpe final.
Um grito abafado veio de Ricardo logo em seguida, sinalizando o fim do ato. Eles terminaram antes que eu pudesse chegar ao meu clímax. Tive que ajeitar minhas roupas apressadamente, esconder meu sexo, e voltar correndo para a minha mesa, fingindo que nada havia acontecido, que eu nunca tinha saído de lá.
Ainda de mãos dadas e trocando carícias, os dois vieram até a minha mesa se despedir. Ricardo me olhava com aquela cara de sempre, com o sorriso vago de quem parecia querer meu reconhecimento, como se eu devesse celebrar o que ele havia acabado de fazer. Já Amanda estava irreconhecível. Seu cabelo estava todo desgrenhado, e a blusa rosa, molhada na altura do peito, provavelmente de uma tentativa rápida de se limpar na pia. Ainda por cima, ela me lançou o sorriso mais largo que eu já tinha visto, um sorriso que eu não sabia se era de satisfação por aquilo que tinha acabado de rolar ou por estar me manipulando tão facilmente.
A sensação era clara. Por algum motivo, ela havia me marcado, e embora eu duvidasse da minha sanidade e das intenções de Amanda, alguma forma ela se divertia com a minha existência.
CAPÍTULO 5
— Nossa, você continua trabalhando aqui? Achei que uma hora dessas você já teria se aposentado. — Essas foram as calorosas palavras que recebi ao chegar no escritório aquela sexta-feira. Era extremamente complexo saber se aquela recepção de Amanda era uma evolução ou não. Pelo menos, agora ela me dirigia a palavra, embora o tom cínico e as palavras duras me fazia ter quase certeza que ela me odiava.
— Acha que eu posso me dar ao luxo de me aposentar? — respondi, tentando levar a conversa para o lado mais leve.
— Bom, se continuar nesse ritmo, acho que não vai durar muito por aqui, não é? — ela rebateu, com aquele sorriso de canto que parecia ter virado sua marca registrada.
Me sentia como se eu estivesse numa guerra, porém a batalha nunca havia sido justa. Amanda usava uma blusa de seda branca, com um decote profundo o suficiente para deixar qualquer um desconcentrado, sem ser escandaloso. A saia lápis preta, colada ao corpo, moldava perfeitamente suas curvas, terminando alguns centímetros acima dos joelhos, e seus saltos agulha davam à sua postura um ar imponente, quase agressivo. O cabelo, preso em um coque apertado, destacava seu pescoço longo e a maquiagem leve realçava seus traços delicados. Ela parecia intocável, uma combinação perfeita de sensualidade e frieza. Não havia nenhuma chance de alguém como eu vencê-la.
Sentei no meu lugar, pronto para começar o trabalho, mas era uma daquelas sextas-feiras em que, apesar de parecer que o mundo todo estava em movimento, nada de importante caía na minha mesa. O fluxo de e-mails estava lento, os clientes provavelmente já desligados mentalmente para o fim de semana.
Sem ter o que fazer, e ainda restando exatos sete horas e quarenta e três minutos para o fim do meu expediente, abri o Instagram. Você já teve aquela sensação de que o Mark Zuckerberg está espionando suas conversas e sondando seus pensamentos mais íntimos? Pois é, o algoritmo dessas redes sociais é absurdamente preciso. Na terceira rolagem, lá estava: uma foto de uma atriz pornô, vestida no clássico uniforme de secretária — saia justa, blusa branca e óculos — ajoelhada debaixo da mesa do chefe, acompanhada da hashtag #sextou. Como se o aplicativo soubesse exatamente o que eu queria.
Foi então que uma ideia me ocorreu: Amanda. Será que o Instagram dela era aberto? Curiosidade misturada com o tédio e aquela inquietação que vinha crescendo dentro de mim. Sem pensar muito, comecei a navegar pelos perfis de alguns colegas de trabalho, até chegar no do Ricardo. Ele, claro, a seguia, e, bingo! O perfil dela era aberto.
Ao clicar, me deparei com uma coleção de fotos que pareciam tiradas diretamente de algum catálogo de revista. Amanda em jantares elegantes, vestida com roupas sofisticadas, sempre impecável, com aquele ar de quem sabia exatamente o poder que exercia. E então, enquanto eu rolava a tela, lá estava: uma foto dela de biquíni, tirada em um resort de luxo, numa piscina infinita.
O biquíni preto ressaltava cada curva do corpo que já era perfeito no escritório, mas, naquela foto, era impossível não notar ainda mais detalhes. Eu parei por alguns segundos para olhar melhor para foto, pensando se aquele tamanho de seios era algum truque de edição de imagem, porém, eu conhecia bem Amanda, e mesmo que o ângulo e pose a favorecesse, aquela foto não tinha nenhum filtro.
Encarei a foto por tempo demais. O desejo incontrolável crescia, pulsando com mais intensidade a cada segundo. A ideia de me aliviar ali mesmo começou a ganhar força na minha mente. Todas as sextas-feiras em que ficamos sozinhos, Amanda nunca saía da recepção por nenhum motivo. De certa forma, parecia mais seguro fazer ali na minha mesa do que me arriscar no banheiro, onde o silêncio poderia entregar o que eu estava fazendo.
Foi com essa lógica distorcida que coloquei o meu pau para fora e comecei a me divertir ali mesmo. Mal tinha começado quando ouvi a voz de Amanda ecoar pelo escritório vazio, fria e sarcástica, cortando o ar como uma lâmina.
— Não conseguiu ir ao banheiro dessa vez? — ela disse, caminhando em minha direção com passos firmes.
O pânico tomou conta de mim. Tentei me mexer rapidamente, e acabei parecendo um pião desgovernado, tentando guardar o pênis, fechar o laptop, e apagar as evidências do meu crime ao mesmo tempo. Falhei miseravelmente em tudo que tentei. Quando levantei a cabeça, Amanda já estava perto o suficiente para ver a tela do meu computador. Ela não demorou a entender o que estava acontecendo.
— Você é nojento — ela disse, sem esconder o desprezo na voz, seus olhos fixos na tela, onde ela mesma aparecia na foto que eu estava homenageando há segundos atrás. Meus movimentos travaram, a vergonha era sufocante.
Amanda ficou parada por um momento, me olhando como se eu fosse a coisa mais patética que ela já tinha visto. O silêncio que se seguiu foi ainda pior do que as palavras dela. O constrangimento me dominava por completo, cada segundo parecendo uma eternidade. Eu não sabia o que fazer ou dizer, então fiquei ali, paralisado, tentando esconder minha vergonha de maneira inútil.
Ela deu um suspiro pesado, como quem estava exausta de lidar com uma criança travessa, e com o mesmo andar confiante e despreocupado, voltou para o lugar dela na recepção sem dizer mais nada. O som dos saltos dela batendo no chão ecoou no escritório, cada passo afundando mais o meu orgulho já destroçado.
Fiquei sozinho, com a cabeça fervendo de vergonha, o corpo ainda tenso e um misto de alívio e pânico por ela não ter feito mais escândalo. O resto do dia se arrastou de maneira torturante, o relógio parecia parado, e eu não conseguia me concentrar em mais nada. O que ela faria? Contaria para alguém? Iria direto ao Ricardo? Eu estava completamente à mercê da vontade dela, e a incerteza me matava por dentro.
Quando finalmente o expediente chegou ao fim, fechei meu laptop e, enquanto me preparava para sair, uma notificação de e-mail apareceu no canto da tela. Era de Amanda. O assunto curto, direto, fazia meu coração disparar: "Sobre mais cedo."
Abri o e-mail com mãos trêmulas, a garganta seca de ansiedade. O texto era simples, quase cruel em sua objetividade:
"Pode me usar, se você nunca pedir permissão."
O que ela realmente queria dizer com isso? Era um teste, uma armadilha, ou uma proposta real? A adrenalina me deixava em alerta. Eu tinha que decidir rápido o que eu iria fazer. Conhecendo a rotina de Amanda, essas horas ela deveria estar arrumando suas coisas para ir embora. Então, sabendo de todos os riscos para o meu emprego, casamento e até dignidade, fui até a recepção, confrontar a nossa secretária, tentando entender melhor o que aquela mensagem realmente significava.
Quando cheguei na recepção, Amanda levantou o olhar, me avaliando de cima a baixo. Ficamos em silêncio por alguns segundos, sem que nenhum de nós tomasse qualquer atitude. Ele simplesmente voltou a encarar o computador, como se minha presença não tivesse importância, já que eu estava parado ali sem tomar uma decisão.
Aquilo parecia um desafio para mim. Sem pensar muito, abri o zíper da calça e tirei meu pau para fora. Comecei a me satisfazer ali mesmo, a poucos metros dela, sem esperar reação ou consentimento. Amanda permaneceu quieta, olhos ainda fixos na tela, claramente ciente do que estava acontecendo, mas sem se virar ou dizer nada para me impedir.
Me aproximei devagar, ainda me masturbando, enquanto Amanda permanecia sentada, agora com os olhos fixos em mim. Não disse nada, mas o silêncio dela parecia uma permissão. Eu cheguei tão próximo que meu pau estava quase tocando na cara dela, eu sentia que a qualquer momento meu esperma sairia sujando a cara dela e a blusa de seda. Com certeza, aquela menina tinha algum tipo de problema, ela me olhava fixamente com uma mistura de nojo e julgamento, como se estivesse a violentando, porém, as suas mãos estavam dentro de sua saía, dedilhando a própria buceta.
— Você pode chupar o meu pau? — pedi, quase implorando, buscando quais eram os limites daquela relação.Amanda olhou diretamente nos meus olhos, e, sem mudar a expressão, deu um tapa seco no meu pau. O som ecoou pelo escritório vazio, e a dor foi imediata, cortando o tesão no mesmo instante.
— Você quebrou a regra — disse ela, com frieza, antes de se levantar, pegar sua bolsa e sair, me deixando sozinho, humilhado e sem reação, sozinho no escritório.
CAPÍTULO 6
— Nossa, você continua trabalhando aqui? Achei que uma hora dessas você já teria se aposentado. — Essas foram as calorosas palavras que recebi ao chegar no escritório aquela sexta-feira. Era extremamente complexo saber se aquela recepção de Amanda era uma evolução ou não. Pelo menos, agora ela me dirigia a palavra, embora o tom cínico e as palavras duras me fazia ter quase certeza que ela me odiava.
— Acha que eu posso me dar ao luxo de me aposentar? — respondi, tentando levar a conversa para o lado mais leve.
— Bom, se continuar nesse ritmo, acho que não vai durar muito por aqui, não é? — ela rebateu, com aquele sorriso de canto que parecia ter virado sua marca registrada.
Me sentia como se eu estivesse numa guerra, porém a batalha nunca havia sido justa. Amanda usava uma blusa de seda branca, com um decote profundo o suficiente para deixar qualquer um desconcentrado, sem ser escandaloso. A saia lápis preta, colada ao corpo, moldava perfeitamente suas curvas, terminando alguns centímetros acima dos joelhos, e seus saltos agulha davam à sua postura um ar imponente, quase agressivo. O cabelo, preso em um coque apertado, destacava seu pescoço longo e a maquiagem leve realçava seus traços delicados. Ela parecia intocável, uma combinação perfeita de sensualidade e frieza. Não havia nenhuma chance de alguém como eu vencê-la.
Sentei no meu lugar, pronto para começar o trabalho, mas era uma daquelas sextas-feiras em que, apesar de parecer que o mundo todo estava em movimento, nada de importante caía na minha mesa. O fluxo de e-mails estava lento, os clientes provavelmente já desligados mentalmente para o fim de semana.
Sem ter o que fazer, e ainda restando exatos sete horas e quarenta e três minutos para o fim do meu expediente, abri o Instagram. Você já teve aquela sensação de que o Mark Zuckerberg está espionando suas conversas e sondando seus pensamentos mais íntimos? Pois é, o algoritmo dessas redes sociais é absurdamente preciso. Na terceira rolagem, lá estava: uma foto de uma atriz pornô, vestida no clássico uniforme de secretária — saia justa, blusa branca e óculos — ajoelhada debaixo da mesa do chefe, acompanhada da hashtag #sextou. Como se o aplicativo soubesse exatamente o que eu queria.
Foi então que uma ideia me ocorreu: Amanda. Será que o Instagram dela era aberto? Curiosidade misturada com o tédio e aquela inquietação que vinha crescendo dentro de mim. Sem pensar muito, comecei a navegar pelos perfis de alguns colegas de trabalho, até chegar no do Ricardo. Ele, claro, a seguia, e, bingo! O perfil dela era aberto.
Ao clicar, me deparei com uma coleção de fotos que pareciam tiradas diretamente de algum catálogo de revista. Amanda em jantares elegantes, vestida com roupas sofisticadas, sempre impecável, com aquele ar de quem sabia exatamente o poder que exercia. E então, enquanto eu rolava a tela, lá estava: uma foto dela de biquíni, tirada em um resort de luxo, numa piscina infinita.
O biquíni preto ressaltava cada curva do corpo que já era perfeito no escritório, mas, naquela foto, era impossível não notar ainda mais detalhes. Eu parei por alguns segundos para olhar melhor para foto, pensando se aquele tamanho de seios era algum truque de edição de imagem, porém, eu conhecia bem Amanda, e mesmo que o ângulo e pose a favorecesse, aquela foto não tinha nenhum filtro.
Encarei a foto por tempo demais. O desejo incontrolável crescia, pulsando com mais intensidade a cada segundo. A ideia de me aliviar ali mesmo começou a ganhar força na minha mente. Todas as sextas-feiras em que ficamos sozinhos, Amanda nunca saía da recepção por nenhum motivo. De certa forma, parecia mais seguro fazer ali na minha mesa do que me arriscar no banheiro, onde o silêncio poderia entregar o que eu estava fazendo.
Foi com essa lógica distorcida que coloquei o meu pau para fora e comecei a me divertir ali mesmo. Mal tinha começado quando ouvi a voz de Amanda ecoar pelo escritório vazio, fria e sarcástica, cortando o ar como uma lâmina.
— Não conseguiu ir ao banheiro dessa vez? — ela disse, caminhando em minha direção com passos firmes.
O pânico tomou conta de mim. Tentei me mexer rapidamente, e acabei parecendo um pião desgovernado, tentando guardar o pênis, fechar o laptop, e apagar as evidências do meu crime ao mesmo tempo. Falhei miseravelmente em tudo que tentei. Quando levantei a cabeça, Amanda já estava perto o suficiente para ver a tela do meu computador. Ela não demorou a entender o que estava acontecendo.
— Você é nojento — ela disse, sem esconder o desprezo na voz, seus olhos fixos na tela, onde ela mesma aparecia na foto que eu estava homenageando há segundos atrás. Meus movimentos travaram, a vergonha era sufocante.
Amanda ficou parada por um momento, me olhando como se eu fosse a coisa mais patética que ela já tinha visto. O silêncio que se seguiu foi ainda pior do que as palavras dela. O constrangimento me dominava por completo, cada segundo parecendo uma eternidade. Eu não sabia o que fazer ou dizer, então fiquei ali, paralisado, tentando esconder minha vergonha de maneira inútil.
Arrumei minhas coisas e saí do escritório ainda confuso, com a sensação de que algo irreversível havia acontecido. No caminho para casa, mal percebi por onde dirigia. Minha cabeça estava presa naquele momento, e o medo de que aquilo pudesse ter consequências mais graves só aumentava. Quando cheguei, Camila me recebeu com um sorriso, mas logo notou que eu estava diferente.
— Está tudo bem? — ela perguntou, me olhando com preocupação.
— Sim... só um dia difícil no trabalho — respondi, tentando soar natural, mas sem muito sucesso.
Durante o jantar, eu mal conseguia manter uma conversa. Camila percebeu, é claro. Ela me observava, tentando entender o que estava acontecendo.
— Você está estranho hoje. Aconteceu alguma coisa? — insistiu, mais séria dessa vez.
Evitei o olhar dela, sentindo o peso da culpa me sufocando. Não sabia o que dizer. Não podia contar a verdade. Na minha tentativa de desvendar o que tinha acontecido no escritório. Não sabia se meu acordo com Amanda havia sido desfeito, ou se teria uma nova oportunidade na sexta-feira seguinte, e nem sabia como lidar com toda a loucura que estava acontecendo.
Aquela semana passou como um borrão. Cada dia, cada tarefa, tudo parecia insignificante, perto do que havia acontecido e do que se passava na minha cabeça. As palavras de Amanda não me deixavam em paz, e o desejo por respostas – ou por mais – só crescia.
Finalmente, a sexta-feira chegou. Eu havia planejado chegar um pouco atrasado, garantindo que Amanda já estivesse no lugar dela, quando eu entrasse. E, como esperado, lá estava ela, como sempre com seus óculos de aros grossos, digitando quase que compulsivamente no seu computador, fingindo que não tinha notado que cheguei. Naquele dia, Amanda usava um vestido branco estilo camisa, com mangas longas e um caimento leve. Os botões na frente e o cinto preto ajustado à cintura destacavam ainda mais sua silhueta. Mas meus olhos estavam fixos em um único ponto: o generoso decote que o vestido revelava.
— Vamos continuar de onde páramos? — perguntei com a voz firme, enquanto marchava em direção a ela.
— Isso foi um pedido? — ela respondeu em um tom desafiador, levantando uma sobrancelha e finalmente fixando seus olhos em mim.
— Não. É uma ordem. — retruquei.
Ela se inclinou na cadeira dela e fechou os olhos, o sinal mais claro de aprovação que eu tinha dela até então. Abri meu zíper, tirei meu pau já extremamente duro da calça e voltei para a mesma posição da sexta-feira anterior, me masturbando a poucos centímetros do rosto dela.
— Que nojo! Que você tá fazendo? Saí de perto de mim, seu tarado. — Amanda resmungou. Por um segundo, eu me questionei o que estava acontecendo, e se deveria parar. Porém, como Amanda voltou a dedilhar a própria buceta, assumi que aquilo não passava de uma fantasia bizarra dela.
Ignorando a confusão dos sinais mistos que emergiam dela, e só pensava em como iria evoluir aquela situação. Lembrando do fracasso da sexta anterior, eu agia com uma certa agressividade, sem jamais pedir nenhum tipo de permissão. Então, fiz um rabo de cavalo nos cabelos negros dela, e puxei sua cabeça até seus lábios tocarem no meu pau.
— Para, para! Eu não quero isso. — Amanda dizia, enquanto se recusava abrir a boca para me recepcionar. Continuei roçando meu sexo na cara dela, sem muito sucesso, até que num impulso irracional, cego pelo desejo, levantei a mão e dei um tapa na cara dela. O som seco ecoou pelo escritório vazio, e por um segundo, tudo parou. Ela ficou imóvel, os olhos arregalados de choque, a respiração suspensa. A marca dos meus dedos começou a aparecer lentamente em sua bochecha.
Sem pensar duas vezes, empurrei meu pau contra a boca dela. Amanda não resistiu. Seus lábios, ainda entreabertos pelo choque do tapa, cederam à pressão. Eu senti o calor úmido da boca dela ao redor de mim, e uma onda de êxtase me percorreu. Ela não se mexia, não reagia. Apenas deixava que eu fizesse o que quisesse, como se tivesse aceitado, por completo, o controle que eu agora exercia sobre ela.
Seus lábios carnudos, macios e firmes ao mesmo tempo, envolviam-me com uma pressão que parecia desenhada para me dar prazer, sua boca apertava meu pau de forma quase possessiva, como se quisesse manter preso ali.
Eu me inclinava para frente, empurrando meu quadril contra o rosto dela, e a sensação de que ela não me deixaria sair dali, como se sua boca fosse o único lugar que eu quisesse estar, me fazia perder completamente a cabeça. Quando menos percebi, eu estava fodendo a boca dela, como se fosse uma buceta.
Naquele momento, mesmo extasiado, o meu lado racional se perguntava como ela não estava gritando de dor toda vez que meu pau se chocava violentamente contra a garganta dela. Se fosse outra pessoa, aquele pensamento me faria pegar mais leve, mas confesso que estava adorando a sensação. Sentia naquele momento uma espécie de justiça, como se Amanda merecesse a punição que eu lhe infligia. Só de pensar nisso, meu corpo começou a tremer, e eu comecei quase berrar, sem se importar que estávamos no escritório.
— Não! Pelo amor de Deus, tudo menos isso. Não quero seu gozo nojento em mim. — Amanda suplicou, enquanto colocava as duas mãos na minha perna, tentando me empurrar para longe.
— Nem fodendo, sua puta. Não quero uma gota do meu leitinho fora da sua boca. — Nem eu mesmo conseguia entender da onde tinha surgido tanta raiva que me fez dar aquela resposta. Segurando a cabeça dela com uma mão e me masturbando freneticamente com a outra, enquanto ela engolia a cabeça do meu pau, eu garanti que meu clímax aconteceria dentro da boquinha dela. Depois de ouvir minhas ordens, Amanda não resistiu. Colocando os braços para trás e a língua para fora, ela fez com meu jato fosse direto para garganta dela, provando que toda sua resistência não passava de uma grande atuação.
Eu estava acabado por hora. Pretendia voltar mais tarde na mesa dela, testar até onde ia à permissão dela. Antes de ir para o meu lugar trabalhar, eu ainda apreciei a imagem de Amanda. Em nada ela parecia a pessoa que eu via todos os dias no escritório. Seus cabelos desarrumados, a maquiagem derretendo, o suor que escorria do seu rosto, era a prova que eu precisava para saber que o que tinha acabado de ocorrer era real, e eu ainda aproveitaria muito a secretária do meu trabalho.
Capítulo 7
Saí para o almoço mais cedo do que o normal, mas ao invés de ir para o restaurante de sempre, fui direto para o centro da cidade. Uma loja específica estava na minha mente, uma daquelas lojas que vendem artigos eróticos, onde eu sabia que poderia encontrar exatamente o que precisava.
Esperei, controlando a ansiedade, até o fim do expediente para executar o meu plano. Sabia que Amanda ainda estaria lá, como sempre, trabalhando em silêncio, como se nada entre nós tivesse acontecido. Me aproximei da recepção, tentando parecer o mais casual possível. Cada passo parecia ecoar no chão vazio. Quando cheguei à mesa dela, ela me olhou de relance, com aquela expressão de indiferença que me irritava.
— Vou indo, Amanda — falei, como se fosse só uma despedida rotineira.
Ela me lançou um olhar breve, sem dizer nada. Eu sabia que ela estava esperando algo, mas não o que eu faria a seguir. Aproveitando o momento, me inclinei sobre a mesa como se fosse me aproximar para uma despedida casual. Antes que ela pudesse reagir, tirei as algemas do bolso e, em um movimento rápido, prendi seus pulsos nos braços da cadeira.
Amanda arregalou os olhos, surpresa. Tentou puxar as mãos, mas era tarde demais — as algemas estavam firmemente presas. Seu rosto passou de uma expressão de calma a puro choque, e logo depois, algo mais. Algo que eu não conseguia definir completamente. Talvez fosse raiva, talvez fosse excitação, mas uma coisa era certa: o jogo havia mudado. Esperei ela parar de se debater e algemei a outra mão dela.
— O que você pensa que está fazendo? — ela perguntou, tentando manter a voz firme, mas eu notei o tremor, o leve vacilar.
— Você disse para não pedir permissão, lembra? — falei, usando a voz mais firme que consegui.
Ela me encarou, os olhos fixos nos meus, me desafiando, mas não disse mais nada. Eu sabia que Amanda não era do tipo que se rendia fácil, mas ali, presa àquela cadeira, ela parecia ter entendido que, pelo menos naquele momento, o controle estava comigo.
Sem dizer uma palavra, me ajoelhei na frente dela, mantendo meus olhos fixos nos dela enquanto deslizava minhas mãos pelas suas coxas. Ela soltou um leve suspiro, mas não moveu um músculo, apenas observava. Com cuidado, comecei a puxar a barra da saia dela para cima, revelando mais de suas pernas enquanto meu coração batia cada vez mais rápido. Quando a saia já estava suficientemente levantada, me inclinei para frente, sentindo o cheiro do sexo dela.
Sem hesitar, comecei a beijar suas coxas, subindo devagar, cada vez mais perto da calcinha preta de renda que eu já conseguia ver. Ela podia me xingar e me chamar do nome que quisesse, mas sua calcinha não enganava, ela estava úmida de tesão. Amanda não disse nada, apenas respirava mais pesado, e por um momento eu senti que ela estava completamente entregue, mesmo que não quisesse admitir.
Minhas mãos deslizaram, puxando a calcinha para o lado, e sem mais esperar, comecei a fazer o que eu sabia que ela queria. O sabor dela, a textura de sua pele, tudo naquele momento me fazia sentir uma mistura de desejo e poder. Meu ritmo era lento, explorando cada movimento, cada reação que conseguia arrancar dela. As mãos de Amanda, presas pelas algemas, não podiam me empurrar ou guiar, e isso só aumentava minha vontade de deixá-la perder o controle.
E ela ia se perdendo. Aos poucos, a expressão neutra dela dava lugar uma Amanda que eu nunca havia visto antes mordendo a parte inferior do lábio, tentando sem sucesso abafar o som dos gemidos que escapavam.
A próxima etapa do nosso “romance” exigiu alguma destreza. Eu levante um pouco o quadril dela, e me encaixei debaixo dela, sentando invertido na cadeira, colocando ela no meu colo. Eu me inclinei na direção do rosto de Amanda, buscando seus lábios. Porém, no momento em que nossos lábios quase se tocaram, ela virou o rosto bruscamente para o lado, evitando o beijo com uma expressão de nojo e desdém.
Confesso que aquilo me deu muita raiva. Pensei seriamente em bater nela, mas, no último segundo, decidi que existia uma maneira mais proveitosa de descontar a minha frustração. Segurei os quadris dela com força suficiente para marcar meus dedos em sua pele, e fiz Amanda pular descontroladamente no meu colo, forçando-a se sentar diretamente sobre meu pau duro.
Aos poucos, eu parei de fazer todo o trabalho, e ela por conta própria rebolava seu quadril, me usando para o próprio prazer. Eu aproveitei esse momento para realizar o que era o meu sonho desde o primeiro momento que a vi no escritório. Desabotoei um dos botões do vestido dela, puxei o seu seio para fora do sutiã, e coloquei aquele peito maravilhoso inteiro na minha boca, como se fosse uma criança faminta.
Era surreal ver a mulher que sempre me ignorava e humilhava agora rebolando no meu colo. O ritmo do seu quadril acelerava, e os gemidos dela ficavam cada vez mais altos, mais desesperados. Ela parecia ter esquecido completamente da raiva e do nojo que demonstrava momentos antes, e sua entrega total só alimentava ainda mais o meu desejo. Eu deixei o peito dela de lado e levei a mão até sua garganta, apertando levemente. O olhar dela, até então repleto de luxúria, ficou mais sério, e por um instante, achei que ela fosse resistir. Mas, ao invés disso, ela inclinou a cabeça para trás, como se me desse ainda mais espaço para fazer o que eu quisesse.
— Você vai gozar pra mim, né sua puta? — eu perguntei.
Ela não respondeu com palavras, mas o jeito como seu corpo tremia no meu colo era a resposta que eu precisava. A respiração dela ficou mais pesada, e logo depois, ela soltou um gemido longo e profundo, revirando os olhos enquanto seu corpo convulsionava em cima de mim. Eu continuei fazendo ela quicar, pronto para gozar a qualquer segundo.
— Goza na cara dessa puta. Deixa eu tomar seu leite de novo. — Amanda implorava, da mesma forma que eu sabia que ela fazia para o namorado.
Achei irônico que a regra que me proibia de pedir não valia para ela, mas eu não sou tipo de pessoa que checa o dente de cavalo recebido de presente. Tirei ela de cima de mim, e me masturbei por alguns segundos até disparar um tiro na cara dela. Meu gozo foi tão forte, que fez ela ir para trás e dar um gritinho quando acertou em cheio a bochecha dela. Eu não sei como, já que aquela era a segunda vez que eu gozava no dia, mas eu parecia um ator pornô, o leite não parava de jorrar. Depois de deixar o rosto de Amanda completamente coberto, meu fluxo foi perdendo a pressão, mas não sem antes sujar o queixo e derrubar as últimas gotas do meu sêmen nos seios maravilhosos da secretária do meu trabalho.
Quando tudo terminou, ficamos ali, em silêncio, ofegantes. Peguei meu celular no bolso da calça, e sem pedir permissão, tirei algumas fotos do jeito deplorável que ela se encontrava. Amanda me olhou feio, mas não protestou, sabendo que eu poderia fazer o que quisesse, desde que não pedisse permissão. Logo a realidade começou a se infiltrar novamente. Eu havia cruzado uma linha que não tinha volta, e por mais prazeroso que aquele momento tivesse sido, eu sabia que o peso daquilo ainda viria. Soltei as algemas dela, e Amanda ajeitou o vestido rapidamente, saindo sem olhar para trás.